terça-feira, 27 de janeiro de 2009

OS NOMES

As palavras que indicam pessoas, coisas, animais, lugares... são nomes.

Os nomes ou substantivos podem ser:

  • comuns
  • próprios
  • colectivos


NOMES COMUNS

Os nomes comuns designam seres ou coisas de uma mesma espécie, nomeiam entidades em geral.

  • nomes de qualidades. Ex.:bondade, coragem, simpatia
  • nomes de defeitos. Ex.: inveja, maldade
  • nomes de animais. Ex.: cão, formiga, leão
  • nomes de sentimentos. Ex.: tristeza, liberdade
  • nomes de vegetais. Ex.: rosa, tomate
  • nomes de objectos. Ex.: caneta, sabonete, colher


NOMES PRÓPRIOS

Os nomes próprios indicam um ser ou objecto único bem individualizado. Os nomes próprios começam sempre por letra maiúscula.

  • nomes próprios de pessoas. Ex.: Francisco, Joana
  • nomes de apelidos. Ex.: Godinho, Silva
  • nomes de regiões. Ex.: Algarve, Minho
  • nomes de marcas. Ex.: Mercedes. Nestum, Olá
  • nomes de países. Ex.: Portugal, Espanha
  • nomes de rios, mares e oceanos. Ex.: Tejo, Atlântico
  • nomes de monumentos. Ex.: Mosteiro da Batalha, Torre de Belém
  • nomes de livros. Ex.: A Menina do Mar, A Fada Oriana

NOMES COLECTIVOS

Os nomes colectivos são os que, no singular, designam um conjunto de seres ou objectos da mesma espécie. Exemplos:

  • bando - conjunto de aves
  • manada - conjunto de bois
  • enxame - conjunto de abelhas
  • turma - conjunto de alunos

MNEMÓNICAS

Uma mnemónica é um auxiliar de memória.
As mnemónicas consistem numa associação de ideias, recorrendo, por exemplo, às iniciais das palavras que queremos decorar.
Por exemplo, para decorares os planetas fixa a frase: "Minha vóvó, traga meu jantar: sopa, uva e nozes". As iniciais dão-te Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno.

Para saberes se as palavras são agudas, graves ou exdrúxulas é só escrever as palavras APU e EGA num quadro. Assim:

Faz corresponder as letras e sabes que se a sílaba tónica for a Antepenúltima, a palavra é Esdrúxula. Se for a Penúltima, a palavra é Grave e se for a Última, a palavra é Aguda.

ACENTUAÇÃO

Nas palavras a sílaba tónica (pronunciada com intensidade mais forte) não ocupa sempre o mesmo lugar.
Assim, conforme a sua posição, as palavras podem ser:
  • Agudas - A sílaba tónica é a última. Ex: televisão, céu
Acentuam-se as palavras que terminam em:
- -a, -e e -o seguidos ou não de s. Ex: chá(s), maré(s), avô, françês
- -i e -u seguidos ou não de s, quando precedidos de vogal com a qual não formam ditongo. Ex: polui, baú
- ditongo -ei, -oi e -eu seguidos ou não de s. Ex: papéis, faróis, rouxinóis, chapéu(s)
- -em e -ens e que têm mais do que uma sílaba. Ex: porém, Santarém, parabéns
  • Graves - A sílaba tónica é a penúltima. Ex: conchas, alegria

Acentuam-se as palavras que terminam em:

- -i ou -u seguidos ou não de s. Ex: lápis, bónus, júri

- e ão seguidos ou não de s. Ex: orfã(s), sotão(s)

- -um e -uns. Ex: álbum, álbuns
- -l, -n, -r, -x e -ps. Ex: Aníbal, hífen, açúcar, bíceps
Acentuam-se as que têm na sílaba tónica i ou u precedidos de uma vogal com a qual não formam ditongo. Ex: miúdas, juízes
Acentuam-se as que têm na sílaba tónica o ditongo -oi aberto. Ex: jibóia, jóia
Acentuam-se as que se podem confundir com outras que se escrevem da mesma maneira mas não levam acento. Ex: pôde/pode pêlo/pelo pára/para falámos/falamos
  • Esdrúxulas - A sílaba tónica é a antepenúltima.
São todas acentuadas com acento agudo ou com acento circunflexo.
Ex: pétala, árvore, fenómeno, notícia, remédio
silêncio, tâmara, estômago, Ângela, ambulância, ciência
.
Há palavras graves e agudas com ou sem acento gráfico. As palavras esdrúxulas levam sempre acento gráfico.

SINAIS AUXILIARES DE ESCRITA

Na linguagem escrita utilizamos três sinais de acentuação (acentos):
Acentos gráficos

acento agudo - marca a sílaba tónica
Ex: ninguém, possível, último, rádio
acento grave - marca a sílaba tónica
Ex: àquele, à, àquilo
acento circunflexo - marca a sílaba tónica
Ex: avô, amêndoa, pêssego

Existem ainda os seguintes sinais auxiliares da escrita:
til - sinal que indica a nasalidade e, por vezes, a sílaba tónica.
Ex: não, romã, sotão.
cedilha Ex: Março, rebuçado, laçarote.
hífen Ex: hei-de, visto-me.

apóstrofo Ex: Sant'ana, copo-d'água, Aqui del'rei

sábado, 17 de janeiro de 2009

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

SABES ESTA?

SUPERGIFS.NET, SEU SITE DE IMAGENS! ENTRE E CONFIRA!

A Joana e a Rafaela, saíram juntas no mesmo avião para Londres e chegaram no mesmo avião, com uma diferença de meia hora de uma para a outra. Por quê?

Respondam em "Comentários".

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

ORIGEM DO NOME DE SESIMBRA

Existe uma lenda que situa o nascimento de Sesimbra antes da fundação de Portugal.

Diz-se que, nessa época, já aquela região era terra de pescadores, mas o castelo ainda não existia e a população habitava o lado do monte onde mais tarde se construiria a fortaleza.
Era senhor daquelas terras um homem tirânico que de todos exigia vassalagem. Era ele quem concedia as autorizações de pesca, sem as quais nenhum homem poderia partir para o mar, nem sequer para pescar o sustento da sua mesa. Além disso, cobrava tributos sobre o pescado, sobre os barcos e sobre tudo quanto entendesse. Um desses tributos, velho hábito ancestral, obrigava todas as donzelas que iam casar a serem possuídas pelo tirano na véspera do matrimónio.
Homens e mulheres sofriam por este gesto mas ninguém ousava rebelar-se contra o senhor.
Certo dia, porém, Zimbra e Maria decidiram casar-se. Maria dispôs-se a aceitar fatalmente, o tributo da sua virgindade. Zimbra, contudo, não estava disposto a aceitar aquela exigência que nada fundamentava ou legitimava. E, assim, dispôs-se ele a desafiar o estabelecido.
Todos, e também Maria, o aconselharam a não lutar contra os desejos do velho tirano. Zimbra não deu ouvidos a ninguém, decidido como estava a que não acontecesse a Maria o mesmo que às outras raparigas. Inicialmente só na sua determinação, conforme se foi aproximando o casamento, Zimbra foi sendo rodeado e apoiado pelos outros jovens pescadores da aldeia. Tiveram discussões quase intermináveis sobre o que lhes aconteceria quando o tirano viesse a sentir-se desautorizado. Zimbra pôs cobro às discussões apresentando o seu plano: desceriam até à borda do mar e aí se estabeleceriam num povoado autónomo e livre de toda a tirania.
Isto pareceu tão simples e razoável a todos os pescadores rebeldes que dissiparam os medos e se entregaram inteiros à coragem de Zimbra. Tal era a confiança que depositavam no líder que quase perderam vontade própria… dizendo sempre que se falava no assunto:
― Se Zimbra quiser...
Zimbra quis porque não o tinha medo. No dia do seu casamento recebeu Maria e partiu monte abaixo até à praia. Com eles desceu um grupo de casais.
Chegados ao sopé, delimitaram, segundo velhos rituais, os limites da nova aldeia, sacrificando no centro um animal, como lhes haviam ensinado os seu avós, que tinham recebido o ensinamento de outros antepassados. Em seguida, ergueram os pilares das suas novas casas, pobres choupanas de madeira cobertas de ramos de árvores. Tudo isto fizeram manifestando uma alegria toda natural e no final reuniam-se dançando velhas danças que evocavam pescas maravilhosas e esquecidas.
Quando soube disto, o tirano, juntou quanta gente pôde e, sequioso de vingança, jurou não parar enquanto não desfizesse todas as esperanças de Zimbra e dos rebeldes.
Mas Zimbra e os habitantes do novo povoado sabiam o que os esperava. A pé firme, como quem espera o embate bruto do mar, esperaram a hoste do senhor. Estavam dispostos a tudo por Zimbra que lhes dera a sua coragem:
- Se Zimbra quiser...
E Zimbra quis, mais uma vez. Quando aquela bruta onda de gente embateu nos seus corpos, resistiram serenos porque tinham o conhecimento íntimo de que a fúria dura um momento. Calmos, desfecharam os seus golpes no inimigo que sobre eles se abatia e num gesto de sabedoria mataram o tirano e todos os seus homens.
Ficaram livres do julgo secular e injustificável dos tiranos da terra.
Agora era possível fazer do seu povoado uma terra de verdadeiros pescadores:
-Se Zimbra quiser...
E Zimbra, pela terceira e última vez, quis. De tal modo o quis que, muito tempo depois, quando Afonso Henriques conquistou o velho castelo fronteiro ao mar, era Sesimbra que lhe chamavam.